sexta-feira, 15 de abril de 2011

Rio





No teu olhar percorri este rio imenso,
Este que nas suas águas frias de Inverno,
Nos deixa a imaginar os verdes prados,
E o Outono que nos envolve tão intenso,
O mesmo que nos aquece num amor tão terno,
Deixando para trás amores desencontrados.

Este é o rio da nossa vida, a nossa corrente,
Água límpida, cristalina, sabendo a verdade,
Corre doce, chegando em lágrimas salgadas,
Ao mar que tudo quer, amando docemente,
A nós que do amor não perdemos a vontade,
Nem retornar às nossas vidas separadas.

É um rio sem margens para o nosso querer,
Alagando suavemente os nossos sentidos,
Serpenteia por entre o vale do nosso amor,
Desce em quedas de água no nosso viver,
Afoga a saudade em que estivemos perdidos,
E todas as feridas que de que já não temos temor.

Nele eu imagino o cheiro da terra molhada,
De que tanto tinhas receio de vir a perder,
Imagino o riso dos teus anjos em ti criança,
Sabendo que eras tu que por mim esperava,
Esperei eu pelo dia que nos viu amanhecer,
Trocando o primeiro beijo da nossa esperança.

Abro o teu sorriso, as tuas lágrimas de alegria,
São águas revoltas, que descem até mim,
Rosto de menina com vontade de mulher,
Vejo um rasgo no céu, uma estrela luzidia,
Cadente caiu, devagar, bem longe do fim

Deste amor que eu não vou deixar morrer.

JMC In Redenção


1 comentário:

  1. É só para dizer que gosto da musica e que já te ando a seguir há alguns dias...Mas olha que aqui eu prometo que não falo do Porto!:P

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